VARICOSES
Muito semelhante à escleroterapia convencional, porém o líquido utilizado é resfriado à temperaturas muito baixas concomitante com o uso de um aparelho resfriador da pele e que mantém a baixa temperatura do líquido injetado até sua entrada na varicose que desejamos tratar. As vantagens adicionais seriam a diminuição da sensação dolorosa, maior tempo de contato do líquido esclerosante com a parede interna do vaso e também a vaso-constricção da varicose tratada. Com estas vantagens, em nossa experiência desde o início de 2010, o resultado também é melhor do que a escleroterapia convencional. Este procedimento é realizado ambulatorialmente no Angiocentro Curitiba, pois depende de aparelhos indisponíveis em centro cirúrgicos de hospitais além de causar resfriamento da pele sendo desaconselhável sua utilização no transoperatório em conjunto com cirurgia de varizes.
Esta técnica consiste em injetar líquido esclerosante no interior dos vasos que desejamos tratar. Este líquido pode ter ação osmótica ou detergente, causando o fechamento da varicose e sua subsequente absorção pelo organismo. Muito utilizada no transoperatório de cirurgia de varizes quando a paciente deseja aproveitar a anestesia e ao mesmo tempo que é realizado o tratamento funcional, também realizar o tratamento estético, otimizando tempo e resultados sem sensação dolorosa.
O uso do laser para tratamento de varicoses não é novidade. A novidade fica por conta das novas tecnologias que surgiram no mundo dos lasers. Os mais utilizados em nossa clínica são o YAG 1064 nm com pulso longo e o IPL 540 nm. Enquanto o IPL 540 nm, também conhecido como luz pulsada, é mais reservado para hemangiomas planos ou manchas “vinho-do-porto” e também para varicoses menores e superficiais, especialmente na face, o YAG 1064 nm pode ser aplicado em varicoses dos membros inferiores. O YAG 1064 é muito utilizado em associação com a Crio-Escleroterapia num mesmo procedimento, causando uma agressão maior nas paredes dos vasos tratados e portanto um melhor resultado subsequente. Outra vantagem é a área de tratamento maior, sendo possível tratar grandes extensões num mesmo procedimento. Não requer repouso posterior e é realizado na clínica de modo ambulatorial.
A injeção de micro-espuma eco-guiada pode ser realizada em vasos de um calibre um pouco maior do que as outras técnicas, inclusive podendo ser realizada em veias safenas e reticulares, dependendo de cada caso. O procedimento é acompanhado todo o tempo por eco Doppler colorido dos vasos tratados, não necessita de preparo prévio, pode ser realizado de modo ambulatorial sem necessidade de período de repouso e utiliza anestesia local apenas. Vale lembrar que a indicação de cada um destes procedimentos deve ser precisa e depende de criteriosa avaliação de cada caso. Por este motivo sempre é aconselhável realizar todos os exames pertinentes, inclusive de ecografia Doppler, antes de indicar o método que trará maior benefício com menor risco.
VARIZES
Nossa preferência recai para este método conhecido como EVLT (Endovenous Laser Treatment) com uso de fibras ópticas circunferenciais e 1470 nm, que é o método mais moderno até o momento. Oferece possibilidade de anestesia local ou loco-regional, internamento dia (menos de 12 horas), se necessitar de curativos os mesmos podem ser retirados em 24 horas. A paciente pode andar já no mesmo dia da cirurgia e sua recuperação completa pode variar entre 4 e 7 dias, dependendo de cada caso. Sua eficácia quando comparada ao método tradicional chega a mais de 90%, e quando comparada ao método tradicional (fleboextração) é ligeiramente mais eficaz, porém sem significância estatística, mas com recuperação muito mais rápida e resultado estético bem superior. Experiência para este tipo de tratamento é importante, já que a curva de aprendizado é maior do que para os procedimentos convencionais. O ANGIOCENTRO CURITIBA completará em 2013 dez anos realizando esta técnica, com mais de 2000 membros inferiores tratados!
Esta técnica é a mais antiga, datando do século 2 depois de Cristo. Foi introduzida por Galeno e desde então sofreu algumas modificações que a tornaram mais estética e segura. Consiste deincisões e micro-incisões através das quais são retiradas as veias varicosas. As veias safenas magnas e parvas podem ser retiradas com auxílio de aparato flebo-extrator que promove a avulsão destas veias. A técnica deve ser realizada em Centro Cirúrgico com bloqueio espinhal, internamento de 24 horas em média. Os curativos podem ser retirados ao redor de 5 dias. Necessita de suturas e repouso pós-operatório com retorno das atividades cotidianas ao redor de 30 a 45 dias. Pode ser utilizada para tratar qualquer classe clínica de varizes, exceto classe 1, promovendo melhora funcional e estética.
Semelhante ao EVLT mas utiliza outra tecnologia. A radiofrequência utiliza cateteres da altíssima rotação, mas seu diâmetro mínimo deve ser de 4 milímetros, o que permite tratamento de algumas veias apenas, o que já o coloca em desvantagem quando comparado ao EVLT. Outra limitação é o custo, que ainda é muito elevado. No mais, os resultados são semelhantes e a técnica é utilizada com sucesso em alguns países, mas é menos popular do que o EVLT pelas razões já mencionadas. As empresas do segmento já trabalham em cateteres de radiofrequência que possam tratar vasos varicosos de diversos tamanhos e calibres, e talvez em breve possamos contar com esta técnica rotineiramente. No Angiocentro Curitiba utilizamos a radiofrequência em 2010 em alguns casos, mas como já estávamos habituados com o EVLT desde 2003 e os resultados não se mostraram superiores, optamos por continuar apostando na tecnologia com laser, que no mesmo anos sofreu sua última atualização até o momento, adotando o comprimento de onda de 1470 nm com resultados bastante superiores de um modo geral.
Pode ser realizada em conjunto com a cirurgia convencional, ou felbo-extração; ou em conjunto com a técnica EVLT. É realizada por incisões puntiformes e retiradas de finos ramos varicosos com pequenos ganchos. Também pode ser realizadas de modo ambulatorial em clínicas com anestesia local ou loco-regional, mas é reservada nestes casos para pequenas áreas de superfície corporal. Necessita de pequeno repouso após o procedimento e seu resultado estético é muito satisfatório.
Pode ser utilizada para tratar veias de grande calibre também. Reservamos este procedimento para classes clínicas 4, 5 e 6 de insuficiência venosa crônica, ou seja, varizes de grosso calibre que já possuem alterações cutâneas e úlceras venosas abertas ou cicatrizadas. Consiste em boa escolha nestas situações com resultados muito positivos e vem se tornando grande aliada nestes casos extremos. Algumas sessões são necessárias, mas podem ser realizadas ambulatorialmente e com anestesia local. Este procedimento deve ser sempre realizado com uso adjuvante de eco Doppler colorido das veias a serem tratadas, pois aumenta a segurança e eficácia do procedimento.
Vale lembrar que a indicação de cada um destes procedimentos deve ser precisa e depende de criteriosa avaliação de cada caso. Por este motivo sempre é aconselhável realizar todos os exames pertinentes, inclusive de ecografia Doppler, antes de indicar o método que trará maior benefício com menor risco.